Domingo, 11 de Maio de 2014
01H28M


Lembro-me de ti muitas vezes e cada vez mais sinto que um abraço teu me faz falta, com forma de aconchego... De te sentir ao meu lado, de teres o papel que sempre tiveste na minha vida, porque tu és do meu sangue. Sinto que à medida que o tempo vai passando, a saudade intensifica e a dor que sinto, é maior. Acho que os meus pés já pousaram na terra e finalmente posso digerir esta minha perda.
Já passaram anos, mas sinto-te muito presente em mim. a tua fala e as feições da tua cara, mas só dos últimos tempos. Provavelmente por ter vivido tudo de tão perto e inconscientemente querer fazer de ti, a pessoa que levaria comigo para toda a vida. E na verdade, levar-te-ei sempre, foste dos maiores pilares que tive presente, foste dos meus maiores auxílios e sinto orgulho quando me dizem 'és tal e qual a tua madrinha. Ela tinha esse feitio'...
Não sei como tenho conseguido viver com isso, mas a verdade é que desde aquele dia, me disseram que a vida continua. E na verdade, ela continua mesmo. Mas tendo sempre a pensar que o mal, nunca é realmente de quem vai, mas de quem fica. Para quem vai, a jornada acabou ali, não há mais volta a dar; para quem fica, o caso muda de figura. Tens que aprender a gerir umas vezes a dor, outras vezes a saudades e outras vezes a dor e a saudade em simultâneo. E não é fácil, sobretudo quando achas que amanhã acordas e tudo não passa de um pesadelo. Um pesadelo que se vai alongar até ao fim dos dias, porque tens que viver com isso, obrigatoriamente.
Continuo a sentir-me revoltada. Com Deus, porque te levou de mim, com a vida porque no meio de tanta gente má, tende sempre em massacrar quem não merece. Eu sei que é a lei da vida. Que nascemos para morrer, mas não deveria ser suposto os maus da fita serem sempre os primeiros a ter o seu devido castigo?
Não dá para entender.

Sinto a tua falta. E a cada dia que vai passando, cada vez mais...

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