Lembro-me muitas vezes do meu chamado "primeiro amor", do que poderíamos - ou não - ter feito, do tanto que ficou - ou não - por dizer. Lembro-me perfeitamente de como ele era. Todo ele cheio da sua liberdade, incapaz de dar um primeiro passo por quem quer que fosse. Lembro-me que muitas vezes dei o "braço a torcer", por motivos aos quais nunca deveria ceder. Lembro-me que chegamos a um ponto sem rotura...
Hoje, avalio os diferentes caminhos que seguimos e acredito que nada acontece por acaso. Há acasos bonitos, há acasos que marcam e o nosso acaso, foi simplesmente o acaso de não ficarmos juntos. Nunca nos demos bem em conjunto, é certo. Contudo, hoje olho e acredito que ele mudou, cresceu e amadureceu. Felizmente, encontrou alguém capaz de lhe moldar, tal como é suposto fazer numa relação.
Já eu, continuo aqui, à espera do meu feliz acaso que acredito andar por aí à solta.
Também amadureci, também mudei e também cresci. Tive situações na minha vida que me levaram a isso, mas sinto-me feliz. Feliz sobretudo por saber que as pessoas realmente podem mudar. Feliz, principalmente por mudarem todo um pensamento de que alguém é feliz sem ninguém.
Um dia, já não sentia ódio por ele. Ódio. Rancor. Um dia acordei e nenhum sentimento transparecia, para além da indiferença. Um dia, tudo aquilo, varreu-se-me da memória. A alma estava limpa. O coração pronto para o que a vida tinha para me oferecer.
Cada qual, à sua maneira, não continua a mesma pessoa de há 5 anos atrás.
Mas de mim, sempre poderão esperar uma veia romântica. Vou ser sempre alguém que usará o blog para falar de amores, desamores e dissabores da vida. Os meus blogs sempre partiram daí. É isso que me define! Para alguns isso é um defeito. É certo que agora pouco ou nada demonstro de afectos, mas isso não implica que não os tenha. Tenho. Talvez os saiba esconder melhor do que ninguém, fingindo assim que nada me importa. E é esse aspecto que eu quero referir.
Eu lembro-me muitas vezes de pessoas. De pessoas que poderiam ficar e não quiserem; pessoas que a vida me tirou à força... Pessoas que sempre terão de mim uma lembrança.
Eu gosto das pessoas. Gosto de gostar e também gosto que sintam o mesmo por mim. Gosto que me mimem; adoro uma palavra certa no momento em que eu mais preciso. E é por muitas vezes não sentir gratificação da parte das pessoas, que eu tenho alturas em que me sinto profundamente revoltada com o mundo.
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